História

Os Khoisan eram o povo que habitava em Angola, dispersos e pouco numerosos. A expansão do povo Bantu, vindos do norte de Angola a partir do segundo milénio, obrigou os Khoisan a recuar para o Sul, onde ainda hoje existem grupos residuais, em Angola, Namíbia e Botswana.

Os Bantu eram agricultores e caçadores. A sua expansão, a partir da África Centro-Oeste, deu-se em pequenos grupos, que se deslocaram de acordo com as circunstâncias económicas e ecológicas.

Entre os séculos XIV e XVII, uma série de reinos foram estabelecidos, sendo o principal o Reino do Congo que cobria o Noroeste de Angola e um caminho adjacente à atual República do Congo a sua capital situava-se em M’banza-Kongo e o seu apogeu foi durante os séculos XIII e XIV. Outro reino importante foi o Reino do Ndongo, constituído na altura a Sul/Sudeste do Reino do Congo.

Em 1482 chegou à foz do rio Congo uma frota portuguesa, comandada por Diogo Cão que imediatamente estabeleceu relações com o Reino do Congo. Este foi o primeiro contato europeu com os habitantes do território.

No entanto, instalou em 1575 uma fábrica em Luanda num ponto de fácil acesso ao mar e nas proximidades do Kongo e do Ndongo. Gradualmente assumiu o controle, através de uma série de tratados e guerras, um bando que se estendia de Luanda em direção ao Reino do Ndongo. Este território, de dimensão ainda bastante limitada, passou posteriormente a ser designado por Angola. Por meio do Congo, Ndongo e Matamba, Luanda desenvolveu-se o tráfico de escravos para Portugal, Brasil e América Central e do Norte.

A política portuguesa em Angola foi modificada por algumas reformas introduzidas no início do século XX. A queda da monarquia portuguesa e um ambiente internacional favorável levaram a reformas na administração, agricultura e educação. Com o advento do novo Estado, alargado à colónia, Angola torna-se província de Portugal Ultramarino (província).

A situação parecia calma e estável. Mas na segunda metade do século XX, esta calma foi interrompida pelo aparecimento dos primeiros movimentos nacionalistas angolanos. Organizações mais abertamente políticas surgiram no final da década de 1950 e começaram a fazer exigências para organizar seus direitos, iniciando campanhas diplomáticas em todo o mundo em sua luta pela independência.

A potência colonial, no entanto, recusou-se a aderir às reivindicações nacionalistas, provocando um conflito armado denominado “luta armada” em 1961. Nessa luta, os principais protagonistas foram o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), a FNLA (Frente Nacional para a libertação de Angola) e UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola. Após muitos anos de conflito, o país conquistou sua independência em 11 de Novembro de 1975.

Logo após o estabelecimento da independência iniciou-se uma guerra civil angolana entre os três movimentos, MPLA, FNLA e UNITA. Esta guerra civil que devastou o país terminou em 2002, e consequentemente com a proclamação do dia da paz e da reconciliação nacional a 4 de Abril do mesmo ano.

As primeiras eleições gerais em Angola foram realizadas em 1992 e desde então o país caminha seguro na consolidação da democracia multipartidária, com a promulgação em 2010 da actual Constituição em vigor no país.

No decurso da democratização de Angola, realizaram-se eleições gerais em 1998 e 2012, nas quais Sua Excelência o Eng. º José Eduardo dos Santos, foi eleito Presidente da República de Angola, por maioria absoluta.

Em África, Angola é um país com forte potencial económico e humano e como consequência criou as bases da estabilidade económica e social do seu povo para a conquista de novos valores, sendo neste momento o país a implementar o plano nacional de desenvolvimento para 2013 -2017, no âmbito do Angola 2025. Este programa visa aumentar a qualidade de vida do povo angolano.